terça-feira, 8 de agosto de 2017

Síndrome de Sotos: Diário de uma mãe




Bom dia! É difícil a tarefa de ensinar, mas através das observações diárias, algumas dicas são acrescentadas, e fica possível perceber como meu filho aprende. Talvez estas observações podem vir acrescentar as suas observações.

            Sei sobre a competência dos educadores para ensinar, a disponibilidade de pesquisar e descobrir qual o melhor caminho para meu filho aprender, mas como mãe deixe que eu fale um pouco sobre como ele aprende.

            Ele é grande para sua idade, tamanho de 11 e comportamento de oito anos, não deixe que isso altere seu julgamento, achando que ele faz coisas de crianças menores.

Como toda criança de oito anos, está na etapa do desenvolvimento onde a amizade e o descobrimento do meio são os protagonistas, por isso ele gosta de brincar com seus amigos, ‘fazer experimentos', descobrir coisas na natureza, me ajuda a plantar flores, pratica esportes, vive em um mundo imaginário com seus brinquedos, assiste filmes, YouTube e gosta de jogos.

Ele está mais independente, me procura cada vez menos para ajudá-lo, sua capacidade de concentração melhorou muito em relação às idades anteriores e por isso é capaz de usar seus próprios recursos antes de buscar por minha ajuda, isso porque ele sente-se consciente de si mesmo como pessoa, reconhece algumas das diferenças em relação aos outros e expõem-nas.

Isso o leva a querer fazer sozinho dizendo que seus colegas não precisam do professor ao lado, porém com o poder de convencimento entramos em acordo e assim fazemos juntos sim, sem stress sem preconceito.

Costuma sentir-se centro de qualquer cena e dramatizar-se, não é capricho ou mimado, diga que entende que ele está com raiva, mantendo a calma, e explique que vai esperar que se acalme para conversarem. Quando ele está nervoso parece estar surdo, não vai ouvi-lo e nem realizar qualquer atividade. Não se assuste! É só dar a ele uma bolinha para apertar, um brinquedo qualquer, isso irá ajudar a acalmá-lo.

Ele aprende por instruções verbais, gosta de diálogos, evita transcrições longas, não presta muita atenção nas ilustrações, move os lábios quando lê, para ele é mais fácil lembrar o nome de alguém, decora as coisas por repetição por isso muitas vezes fazemos vídeo do que ele tem que aprender para ouvir depois, combinar as roupas não é tão importante pra ele, prefere explicar suas escolhas, gosta de ouvir, mas não espera pra falar, isso, pode ser trabalhado.

O importante é que ele sinta-se confortável, feliz, confiante e seguro, isso facilita a sua aprendizagem. Como escreveu Leonardo da Vinci “Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo e nunca se arrepende”.



Cerislei de Faria Pinheiro

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